"Todo jovem busca um ideal, e mais
plenamente conquistar seus sonhos”. Esta parte da letra da música revela o
desejo de muitos em constituir família; ter uma boa estabilidade financeira;
ocupar seu espaço na sociedade. Acompanhado desse desejo há o despertar para o
“medo” de se fazer a escolha certa, onde o arriscar muitas vezes ocupa o lugar
da oração e em consequência desequilibra os nossos planos.
1Atualmente
tem sido muito comum encontrar jovens feridos, insatisfeitos e até
decepcionados com o namoro. Que razão pode haver para tanto descontentamento?
Será que o amor verdadeiro é uma ilusão?
Na
verdade, de uma forma sorrateira, a mentalidade hedonista – da busca do prazer
pelo simples prazer – do mundo de hoje tem privado a muitos de conhecer e
experimentar a beleza do autêntico amor humano, dom de Deus. Tem feito
especialmente nossos jovens chamarem de amor o que não passa de uma frágil
atração física. Tem nos ensinado que homem e mulher precisam constantemente medir
forças, que temos de tirar algum proveito do outro e mais algumas aberrações...
O grande problema é que esse tipo de relacionamento está muito longe do que
Deus pensa sobre o namoro e é definitivamente incapaz de satisfazer a alma
humana. Para começar, tenhamos em mente que, se quisermos usufruir as
bênçãos e colher bons frutos de um relacionamento, não podemos queimar etapas.
A amizade é necessariamente o primeiro passo. Estreitar os laços, conhecer os
pensamentos, os valores, as virtudes e também as fraquezas um do outro. Nunca
se contentar com as aparências, mas mergulhar na simples verdade do outro. Essa
é uma fase muito gratificante, porque temos a oportunidade de descobrir as
grandes riquezas do outro e de lhe revelar as nossas. Vale lembrar que é também
um tempo propício ao autoconhecimento, imprescindível a qualquer tipo de
relacionamento. É a partir daí que o sentimento começa a tomar forma, a
amadurecer. Só então a nossa razão, agora livre de paixões enganadoras, poderá
ser capaz de enxergar o que realmente sentimos um pelo outro e de fazer uma
opção sensata. O namoro deve estar sempre embasado no Senhor, caso contrário, será algo
desordenado, uma busca de ambas as partes de se satisfazerem da maneira mais
egoísta: de serem amados e não de amarem (a ordem dos fatores, neste caso,
altera o produto); não existirá lugar para a gratuidade, para as delicadezas e
para a feliz renúncia em favor do outro. Sendo assim, podemos concluir sem
medo: todo namoro deve ser um relacionamento a três. De um lado, o rapaz, com
seu jeito próprio de ser se derrama em amor para com a moça. Por sua vez, a
moça, com a delicadeza que lhe é peculiar, busca amar o rapaz como ele é. No
centro, Aquele que é a fonte de todo amor: Deus! (Arquivo
Shalom)
Testemunho
de um relacionamento franciscano
Temos
muitos relatos de namoros que iniciaram na JUFRA, alguns estão se
solidificando, alcançando o sacramento do matrimônio e fortalecendo ainda mais
o Carisma Francisclariano, pois nada melhor que falar a mesma linguagem dentro
de um relacionamento. Que tal
compartilhar algumas experiências de namoros franciscanos? Podemos convidar
irmãos para Testemunhar essa experiência.
Os nossos
irmãos Raniéliton e Gabriela da Fraternidade Espírito Santo da cidade de Mossoró/RN
construíram seu relacionamento em Deus dentro da JUFRA. O casal franciscano
vivencia um namoro sólido, alegre e dinâmico com planos matrimoniais e o desejo
de manter viva a chama do Carisma Franciscano, o que se pode perceber em seu
relato que segue abaixo:
Nosso mundo se faz: No sim a Deus, No sim ao outro, Em crer no que acredita, e no não aos
desejos somente humanos.
No
sim a Deus
Foi
quando demos oportunidade a vida em fraternidade, foi quando ouvimos o chamado
dos amigos a conhecer a alegria de ser franciscano e nesse pobre lugar rico em
sabedoria descobrimos um ao outro.
No
sim ao outro
Foi
o momento em que um deu oportunidade ao outro, de ouvir o que nos sentíamos,
seja nas mensagens engraçadas e depois românticas ou nas conversas de 3
segundinhos para não gastar (rsrs), mas ai nem percebíamos que gastávamos um
grande tempo um com o outro, e ai íamos nos descobrindo, nos apaixonando e
enfim demos o 1º beijo.
Crer
no que acredita
Ficamos
pela primeira num sábado de manhã em 22 de abril de 2006 no Enconjufra em
Mossoró, 4 anos depois noivamos num sábado a noite no dia 18 de dezembro de
2010 na confraternização da fraternidade Irmão Sol, irmã Lua, acreditamos que
seja uma benção esses momentos especiais de nossa vida em momentos divinos de
encontro com á fé que acreditamos e cremos, e por isso se tornam mais que
abençoados!
No
não aos desejos somente humanos
Somos
pequeninos em reconhecer que erramos, pecamos e pedimos perdão, e pecamos de
novo e decidimos que não íamos mais errar, mas pecamos outra vez não somente
nos mesmos erros, que pena somos humanos! Mas que graça somos humanos também! E
rezamos ao senhor que possamos acertar mais e mais, e vamos sendo perfeitos um
pro outro mesmo com vários defeitos.
Por
fim, somos felizes e realizados, pois, carregamos no nosso peito não somente
nosso amor, temos em nosso peito nossa cruz, e também a cruz do outro, e a cruz
de nossos amigos, mas tudo não por que somos super fortes – não –, mas, sim por
que cremos que nossos irmãos também levam nossa cruz quando nos aceitam
imperfeitos e pequeninos em Cristo e servos de nosso Senhor através do Espírito
Santo. Amém...
10 Regras para um bom relacionamento no namoro
1 – Fugir de todo mal humor e
irritação; pois
isto azeda o relacionamento. Como é triste e difícil conviver com uma pessoa
que só sabe reclamar; que só sabe ser do contra; e que nunca está satisfeita! Se
você é assim, saiba que precisa de uma psicoterapia e de uma cura interior que
o ajude a enxergar-se e mudar de comportamento. Um casal irritado vive
“explodindo!; e você sabe quais são as consequências de uma explosão.
2
– Corrigir
o outro com carinho, se isto for inevitável. Mas faça-o sem que os
outros percebam, e na hora certa, não quando a pessoa está magoada ou irritada.
É difícil fazer um curativo numa ferida aberta. Só podemos tocar nela para
curá-la, jamais para fazer a pessoa sofrer ainda mais.
3 – Nunca grite com o outro; pois gritar além de não resolver
nada, ainda causa ressentimento e humilhação na pessoa. Se você grita numa
discussão é porque os seus argumentos são fracos. Não apele para o direito da
força, mas use a “força do direito!”.
4 – Não jogue no rosto do outro os erros
que ele cometeu no passado. Isto acontece muitas vezes na hora de uma discussão acirrada. Ora,
ninguém gosta de ser lembrado pelos erros que cometeu no passado, e nem gosta
de ser caracterizado por seus defeitos. Qualquer pessoa é sempre superior aos
seus erros e defeitos.
Não desenterre o passado triste do seu
namorado, o qual ele tanto se esforça para esquecer. Talvez fosse melhor até
terminar o namoro do que partir para essa apelação dolorosa.
5 – Não seja displicente com o outro. Não o deixe, por exemplo, “ficar falando
sozinho”, sem a sua devida atenção. Pare o que você estiver fazendo para dar
atenção ao outro quando ele falar com você.
Talvez você possa ser displicente com as
outras pessoas, mas jamais com aquela que você escolheu para começar a caminhar
juntos. Não deixe passar um dia sequer sem lhe dirigir uma palavra de carinho,
de atenção, de elogio, etc.
6 – Saiba reconhecer o seu
erro quando errar. Saiba pedir perdão ao outro, e de imediato, faça o
que for possível para reparar o seu erro. Não fique se desculpando,
disfarçando, não querendo dar o braço a torcer. Saiba de uma coisa: quando se
erra, só existe uma atitude honesta e madura a ser tomada; pedir perdão à
pessoa ofendida e reparar o dano causado. Fora disso, é orgulho e arrogância. Quanto
bem faz a um casal esta palavra: “Meu bem, me perdoe!”
7 – Nunca se separem brigados um com o
outro. Cheguem
antes num acordo. Não se pode juntar problema sobre problema no relacionamento
dos dois; é preciso aprender a resolvê-los. Até certo ponto eles são normais em
nossa vida, mas precisam ser resolvidos sem adiá-los. Não deixe para amanhã
aquilo que vocês precisam resolver hoje.
8 – Aprendam a combinar as coisas. Muitos desentendimentos surgem entre os
casais porque não aprenderam a combinar as coisas a fazer. O povo diz que
“aquilo que é combinado não é caro”. Então, quando um se exaltava com o outro
por qualquer motivo, logo o mais calmo já ia dizendo: “não é agora a hora da
briga”. Quando esta chegava, os nervos já tinham se acalmado, e nada de briga,
acabava tudo numa boa conversa. Que tal?
9 – Não envolva os familiares nos
problemas do namoro. A
menos que, de comum acordo, vocês queiram consultá-los. O sangue grita muito
alto em nossas veias; e não são todos que têm maturidade suficiente para
discernir as coisas quando se trata de parentes envolvidos na questão. Não se
intrometa nos problemas da família dela, a menos que você seja consultado;
assim mesmo evite tomar partidos para que não se divida a família.
Se de um lado é preciso amar a família
do outro, e recebê-la na sua vida como se fosse a sua segunda família, no
entanto, será preciso cuidado para não a ficar criticando para o outro; isto o
deixaria dividido entre o amor que tem a você e o amor que tem aos seus.
10 – Quando necessário esteja pronto a
sofrer pelo outro. Mesmo
já no namoro pode haver momentos de sofrimento. Às vezes pode ser a perda de um
ente querido do outro; uma doença triste; um acidente; uma notícia
desagradável, etc. Nesta hora saiba estar ao lado do outro e fortalecê-lo com a
fé em Deus, que “supera todo o entendimento humano”.
(Prof. Felipe
Aquino)
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
Regional NEA3PB/RN: Libiane Marinho
Bernardino – Formadora Regional e Raniéliton Rocha – Secretário da Fraternidade
Espiríto Santo (Mossoró/RN).
Namoro Cristão (Notas) – Prof. Felipe Aquino